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terça-feira, 20 de junho de 2023

Estimada aurora de outrora

 Havia um tempo onde os sabores eram intensos. Onde a manga era doce como mel, as notas musicais atingiam a alma. Onde as emoções criavam realidades paralelas. Essas realidades estão lá, em algum canto. Paraísos ocultos, secretos. Perdidos? Lá estão. É possível. Eles existiram. Hoje a neblina vai encobrindo. A cor vai se perdendo. Vai desbotando. Como um vestido lindo de gala que foi sendo muito usado e engraçado. Não cabe mais. Fica a lembrando. Enquanto há vida há a lembrança. Esses paraísos continuaram lá mesmo depois daqui? Seria bom se sim. Talvez como uma página de um livro restaurado. Como um clássico para reeleituras. Como o Natal que se revive e mesmo velho parece novo. Mas enquanto isso está lá. Perdido na poeira do tempo, encoberto pela neblina. O mais importante é que existiu independente de qualquer talvez. Existiu, eu vivi, faz parte de mim e isso basta.

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Monólogo capenga

Horrível quando me falta talento pra escrever belas linhas definindo meu pensamento. Então que vá nas linhas tortas e torpes. Venho aqui para compartilhar com você caro leitor minha insignificância. Meus assuntos não agradam. Sou profunda demais e tediosa para quem não consegue ler mais.de um twite. Sou velha de 38 anos. Escrevo num blog. Haha!
A poesia não dita sufoca. Dançar sozinha é sem graça. 
Antes eu acreditava que falar ajudaria. Mas falar pra quem? Cansei.
Só há condescendência e agradeço por pelo menos isso ter.
Obrigada a vcs que me leem aqui. A não ser que vc me conheça e está bisbilhotando vc deve ser como eu. Deve ser um chato incompreendido. Tamo junto! 
Vamos dar uma pausa nessa autoridade capenga. 
Que tal falarmos de flores? 

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Depois do antes e antes do nada

Me tire pra dançar. Vamos fazer de conta que não existe mais nada. Que seja mágico e se eternize. 
Me leve pra brincar como se fossemos crianças. 
Vamos rir até a barriga doer.
Me envolva numa pintura. 
Pense no cheiro que te lembra algo muito importante. É lá que quero estar. Do seu lado.
Me dê cores. Muitas! Um arco íris mágico. Não me prenda na tela em branco. 
Sou uma palavra, me deixe fazer parte do livro.
Não me deixe solta numa linha sem graça e sem sentido. 
Também não me faça pertencer as frases entendiantes de uma burocracia chata qualquer. 
Não me catalogue num dicionário.
Apenas me diga.
Me escreva.
Me sussure ao pé do ouvido.
Me grite alto e bom som pra ouçam 
Ou apenas me elabore em seu pensamento e silêncie. Me faça ser sua ação. 

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Projeção

 Por mais que tenha me acostumado a fazer vídeos no YouTube não substitui a boa e velha escrita no blog. Não sei lidar muito bem com imagem e edição. Aqui sou mais eu... rs

Diria que aqui escrevo pra mim. Escrevo o que quero e o que sou, ou talvez aquela parte que me permito. As vezes só aqui digo, vomito e  poetizo coisas que ninguém quer ouvir mas que no fundo gostaria que alguém compreendesse. Essa de que nos baseamos em nós mesmos, que não esperamos nada é coisa de gente muito evoluída, de quem transcendeu. Na verdade queremos e precisamos do olhar do outro para nos validar, para amar, para odiar ou admirar. Procuramos quem tem algo de nós, algo que não sabemos, algo que não se desenvolveu ou algo que gostaríamos de ter. Sempre tem a ver conosco e o outro. Se não tiver o outro nós os criamos. Inventamos, humanizados animais, plantas, astros, personagens. Precisamos de companhia desesperadamente. Isso é saudável. Mas é dolorido. Causa muitos problemas... mas deixemos para outro tópico. Esse aqui já tem dilemas demais.

Odeio aqueles argumentos psicologiquês metido a freudiano dizendo que tudo que criticamos é pq somos. As pessoas adoram usar meia dúzia de frases prontas pra justificar tudo e atirar nos leigos. Essa crítica é como se isso fosse uma fraqueza. São ferramentas humanas necessárias para nosso desenvolvimento. Não justifica essas críticas porque as coisas não são exatamente assim, oras não temos provas científica, apenas teoria. E teoria com teoria se rebate e a minha teoria é que pseudointelectual é uma besta, chato e hipócrita. Estou falando de mim? Hahahha_ diriam eles que sim. 

E daí?

A importância dos sentimentos negativos

 Esse texto não é de minha autoria, nas me identifiquei muito com ele. É muito interessante. Vejam:


O elogio da vingança

O cristianismo, o orientalismo e a auto-ajuda ficam sempre a pregar o perdão e a serenidade como a solucionática dos problemas da vida. Será? Pensem na adrenalina, nosso melhor mecanismo de defesa. Tal qual a adrenalina, em alguns momentos de nossa caminhada, a raiva e o desejo de vingança podem ser o único caminho da sobrevivência. Há um filme, Ben Hur, que bem ilustra a utilidade da raiva. Quanto à vingança, temos o romance O Conde de Monte Cristo.


Foi meu amigo, o criminalista José Jose Cupertino Luz Neto, quem certa feita me chamou a atenção sobre Ben Hur. Na montagem clássica, de 1959, com o ator Charlton Heston, o príncipe Ben Hur, jogado nas galés como escravo por causa de um crime que ele não cometeu, de repente é açoitado por um feitor romano. Então olha com ódio para o feitor. No que ele replica:


-- Isso mesmo: ódio, muito ódio. Só o ódio vai te permitir sobreviver às galés.


Esclareço que não estou cá a pregar o ódio. Mas tão somente a lembrar que esse sentimento faz parte da natureza humana, na categoria dos estados emocionais negativos -- tal qual a depressão, o medo, a mágoa, a inveja, a ganância, etc. Estão todos esses estados negativos categorizados nas tragédias gregas. Mas devemos observar que, tal qual a adrenalina, raiva e ódio podem ser úteis para combater a depressão e buscar a sobrevivência.


Foi outro grande amigo Chico Catunda, sempre genial, quem certa feita me chamou a atenção sobre o enredo de O Conde de Monte Cristo, romance de Alexandre Dumas. Todos nós o lemos na juventude, ou assistimos ao filme. Confesso que não o reli recentemente; então relato aqui a interpretação do amigo.


O protagonista, Edmond Dantès, era um marinheiro jogado em uma masmorra fétida injustamente. Lá conhece um padre, também prisioneiro. Edmond chega em depressão profunda, lamentando-se da injustiça do Destino, entregando-se à morte. Então conta sua história para o padre.


A primeira atitude do padre foi convencê-lo de que aquilo não era obra do Destino, de Deus (ou do diabo), mas sim coisa de homens sórdidos. Então o padre o leva a fulanizar a culpa. Ou seja, a culpa deixou de ser de um Ente inominado, o Destino, para ter nomes, sobrenomes e rostos.


Foi assim que, ao dar rosto aos culpados, Edmond sai do estado de prostração e conformismo para o de revolta e raiva. Enfim, levantou-se.


O segundo passo do padre foi ajudá-lo a tecer um plano de fuga e, ato contínuo, de vingança. Então o padre o ensinou a arte da esgrima. Também o ensinou os modos de um chevallier. Foi o desejo de vingança (com um plano) que proporcionou Esperança a Edmond.


O resto da história é por todos nós conhecido. Um dia o padre morre e Edmond toma seu lugar no saco que seria jogado ao mar. Consegue sobreviver aos rochedos, foge e vai para a ilha de Monte Cristo, onde encontra o tesouro que o clérigo lhe indicara. Rico, dá a si mesmo um novo nome, Conde de Monte Cristo, e retorna à cidade para perpetrar sua vingança.


Enfim, tanto Ben Hur quanto O Conde de Monte Cristo são alegorias que têm como protagonistas os sentimentos negativos de ódio e de vingança. 


Tempos atrás atendi, como paciente dos florais, um jovem brilhante e culto. Ele estava sendo brutalmente assediado por um chefete de merda, um "pequeno tirano" (conceito de Foucault), que busca se auto afirmar humilhando os subordinados. Ministrei uma fórmula para se fortalecer, para falar o que pensa. Então encerrei com um conselho:


-- Se prepara para dar porrada nele. Quando ele te demitir, e isso pode acontecer a qualquer momento, aproveita e enche a cara dele de porrada.


-- Como assim, você está falando sério?


-- Sim, estou. Você só tem 27 anos, é inteligente, preparado e tem um bom colchão financeiro da família. A pior coisa que pode te acontecer é ter que explicar ao delegado que o chefe é um assediador moral. Em compensação, você vai sair com a alma lavada. 


Ainda expliquei que uma boa surra pode fazer bem para impor limites ao pequeno tirano, que adora assediar subordinados. Ele gostou da ideia. E saiu da consulta com moral alta, já preparando na cabeça o plano de vingança. Logo depois foi demitido com requintes de humilhação. Teve vontade de enfiar um chute no joelho danificado do assediador, pensou, adiou.... e acabou delegando a Deus a lição pedagógica.


Portanto, meu caros amigos, quando estiverem tomados por esses sentimentos, não se culpem, não se dilacerem. Apenas pensem na adrenalina, na raiva e na vingança como mecanismos de defesa e sobrevivência do ser humano. E depois racionalizem a situação e busquem perdoar. Se for possível.


Paz e bem.


Hugo Studart

domingo, 15 de maio de 2022

Filme Doutor Estranho

Opinião sobre o último filme do Doutor Estranho

Galera assisti esse filme e deixei acima minha opinião. Resumo o filme foi bem estranho e deixou a desejar. Mais detalhes clique acima.

domingo, 13 de fevereiro de 2022