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terça-feira, 24 de março de 2015

Meu tipo de feminismo

Antes mesmo de ter noção sobre essas organizações feministas, já na infância fui construindo minha visão de mundo na perspectiva feminina.

O que logo percebi é que na essência somos todos a mesma coisa, não há homem, mulher, há vida, há humanidade. Todos sentem dor, frio, fome, desejo, alegrias e tristezas.  Temos personalidades diferentes independente do sexo, uns são mais atirados, atrevidos, desafiadores outros reservados. Isso independe de gênero. Mas há certas atribuições que são tipicamente masculinas e femininas.  Mulher está mais para o gerar, criar, cuidar.   Mulher em suma é mais delicada. Não que seja impossível uma mulher ser guerreira, mas não é regra.
Há muitos homens maternais, delicados, mas exceções não devem ser generalizadas e impostas.  Cada um sabe o que é e o que sente, a pessoa ser o que a sua essência emana é a verdadeira liberdade.

Não acredito que ser mulher é apenas uma construção social. Ser mulher está intrínseco  na sua condição de fêmea e isso perpassa condicionamentos sociais. Na natureza as fêmeas tem suas atribuições, sua forma de se apresentar. A leoa não tem a juba do leão, a galinha não tem o canto do galo, a vaca não tem os chifres do boi. A mulher não tem barba, não tem a mesma força que o homem, mulher menstrua, mulher sofre na menopausa, mulher engravida e pode morrer nesse lindo e sagrado processo. O cérebro da mulher e do homem não são iguais, há características próprias que os distinguem. Em momento algum estou afirmando que mulher seja inferior ao homem, embora biologicamente falando a natureza geralmente se apresente machista: leia aqui.

O que levou a tanto ódio é brigas ferrenhas foi o abuso do homem sobre a mulher. O homem  que fazia suas leis protegia os interesses dos homens  e as mulheres eram sempre deixadas a segundo plano. Mulher: um objeto sexual e procriativo.  Mulher só tem valor enquanto é bela e pode dar prazer sexual. A mulher depois que começa a perder sua sensualidade se torna uma senhorinha,  diminuta, um ser descartável, uma bruxa enjoada.
Nem mesmo todo o feminismo ativista e pulsante mudou essa ideia. Homens velhos, cabeças brancas casam-se com mulheres jovens e formam família até duradoura, o inverso não ocorre. A mulher tem que por todas as formas manter uma aparência jovem com cabelos pintados, plásticas, ginásticas, tratamentos estéticos, cremes caros. A juventude artificial é só para as que tem condições financeiras, mulheres pobres e velhas.... valor social nulo.
Mulher nova, bonita e pobre tem chance de conseguir através da exposição do seu corpo (prostituição em seus diversos níveis) ou casamento se sobressair. E a inteligência? Sim, conta. Mas mulher bonita e inteligente tem muito mais oportunidade. Há sempre o caso daquela moça feia, pobre que venceu na vida por sua capacidade. Parabéns, mas é raro, muito raro.

Sou a favor de dar sempre mais oportunidade para mulher se livrar desse estigma de objeto.  Porque ao mesmo tempo que algumas ascendem por sua beleza efêmera, muitas são desprezadas e colocadas na invisibilidade  apenas por ser mulher e ter passado do ponto. Mulher tem prazo de validade muito curto. Isso é injusto, não é questão social, os próprios ovários determinam isso. Mas se quisermos melhorar essa questão seria enfraquecendo a visão de mulher objeto e colocar o foco no potencial humano que todo temos independente do gênero e da idade.

Sou contra a tendência imposta em querer igualar homens e mulheres em tudo. Não somos iguais. Mulher tem outras necessidades. A mulher deveria ter mais apoio na hora de engravidar e de criar seus filhos. Isso não é só pela mulher, mas pela sociedade como um todo. Educação, afeto na primeira infância são fundamentais para o futuro, por mais que as creches sejam boas, nada como a mãe.  Sim a mulher quer trabalhar e é competente no que faz _ aquela que quer também, ser dona de casa tem sim seu valor. Da mesma forma que a mulher tem o direito de escolher o que quer para si, se filhos e casamento não estiverem em seus planos ninguém tem nada a ver com isso,  a mulher também que quiser e puder  ser dona de casa ninguém tem que criticar, direito de cada uma ser e estar onde se sente melhor.

Nós merecemos espaço no mercado de trabalho, somos competentes, mas somos mulheres e mães. Não acho justo ter que sacrificar um ou outro. Tudo pode ser conciliado se a sociedade colaborar. A licença maternidade poderia ser maior, a mulher com filho pequeno ter redução na carga horária, maior flexibilidade.  As empresas poderiam ser incentivadas a contratar mulher que se afastaram do mercado de trabalho por estarem cuidando de seus filhos, se as empresas recebem incentivos pra contratar ex presidiários por que não contratar mulher que estavam exercendo a maternidade? As  mulheres se veem obrigadas a  se dedicar mais a carreira em detrimento de seus filhos por causa da necessidade de se sustentar. Vive numa corda bamba, muitas culpadas, estigmatizadas e passando essa carga negativa para as novas gerações. Mulher não é heroína, não temos super poderes, precisamos de ajuda sim.

Por último, sou contra a ideia de que a mulher por ser dona do seu corpo tem o direito de tirar a vida que cresce em seu ventre. Sou contra o aborto. Sou a favor da mulher, do respeito, da igualdade de direitos e principalmente da vida. Não sei se posso me dizer feminista, mas sou da minha maneira.  Antes de ser mulher sou um ser humano e por isso não posso ser a favor do aborto, a vida está acima das questões de gênero.

domingo, 22 de março de 2015

Faltas

Dessa vez não tem opinião sobre nada, só achismos subjetivos sobre sentimentos e traumas de minha vida.

Ultimamente tenho sentido falta de sentir prazer com coisas triviais.
Sinto falta dos sonhos realizados e dos que são possíveis de serem.
Sinto falta de uma boa conversa sem medo de melindres, podendo falar alto, falar errado, xingar, brincar e depois acabar tudo ali. Sem ressentimentos.
Sinto falta da infância, fui um desastre na adolescência. Nunca me encaixei em lugar algum. Sou uma eremita que sente falta do grupo e não consegue viver nele.
Sinto falta do meu pai, de como minha mãe era perto dele e que como se tornava tudo completo apesar dos apesares da vida.
Sinto falta da inocência sábia. Da fé verdeira sem dogmatismo.  De respirar leve.

Me sinto gritando dentro de um sonho e ninguém ouvindo. Ninguém quer me ouvir, talvez nem possa.
Se não é verdadeiro e natural me ofende e não quero. Fico assim, desse jeito, nas minhas faltas e na minha resignação.

Já escrevi textos como esse a tempos atrás, é só ver no meu histórico, conheço essa minha dor.  Sei que não passa.  Mas antes eu até esperava milagres. Mas hoje vejo que certas deficiências na alma são graves como no corpo, amputados não tem seus membros recuperados por mais que queiram. Algo foi amputado em mim, devo ter uma deficiência psicológica, mental. Não sei...  Sei que não sou normal. O jeito é lidar com isso e agradecer por não pior.

terça-feira, 17 de março de 2015

O perigo do aumento da expectativa de vida

Uma das prerrogativas da humanidade é modificar a natureza através da tecnologia. Manipulamos o meio e criamos condições mais favoráveis a sobrevivência. Mesmo assim a natureza tem sua força e a humanidade ainda é limitado por ela. A natureza é sábia, nós é que somos arrogantes algumas vezes.   Em alguns assuntos é natureza está certa e mudar seu curso sem considerar as consequências  é estupidez. O ciclo da vida é soberano: nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer. Estamos alterando isso e o resultado é  problemático.  Nos países desenvolvidos, onde o homem tem maior domínio das forças naturais, os nascimentos  estão diminuindo, as pessoas estão estendendo a velhice por mais tempo. O aumento da expectativa de vida está sendo um problema não só de saúde pública, mas econômico, cultural, social, político muito sério. Com menos crianças, poucos jovens quem irá trabalhar? Os idosos apesar de viverem mais não produzem da mesma forma. Solução? Importar mão de obra de outros países. Isso pode gerar problemas gravíssimos com a descaracterização da cultura original, aumento da violência, problemas políticos decorrentes de grupos terroristas.

Se os idosos vivessem mais e continuassem com a força da juventude isso não seria problema. Daqui uns anos os países europeus perderão suas características e se tornarão campos de guerra como é no oriente médio, e África. Isso tudo por causa do apego. É preciso respeitar o ciclo da vida, deixem os bebês nascerem, deixem os idosos morrerem. É duro, é cruel, mas assim que o mundo evoluiu até hoje e se queremos um futuro digno devemos deixar a vida seguir seu curso, o bem morrer para que o novo venha e restabeleça o ciclo através do equilíbrio.

Não pensem que digo isso com frieza. Sou uma das pessoas mais apegadas que há. Lógico que é triste ver um parente morrer, ninguém quer perder pai e mãe mesmo sendo múmias. Fato. Amor é assim mesmo. Mas alguém precisa equilibrar com a razão e o governo poderia cumprir esse papel. Não é para matar idosos, é para trabalhar essa aceitação e não gastarmos tanto com intervenções médicas invasivas na terceira idade. Não é eutanásia, não é assassinato em série, não é campo de concentração. É deixar a natureza agir e usarmos mais os cuidados paliativos para fornecer qualidade de vida até o fim e não estender a vida sem qualidade indefinidamente.

Em contra partida os jovens deveriam se sacrificar mais pelo seu país e ter filhos. Se morrer é preciso, nascer é ainda mais. Mas não é para nascer sem controle de qualquer jeito. é ter um planejamento familiar onde incluam filhos, de preferência mais e o governo deveria incentivar isso. Mulheres deveriam ganhar benefícios por ter filhos, escola, creches públicas de boa qualidade,  empresas com creche, carga horária reduzida e flexível para as mães, incentivar a paternidade responsável e os laços familiares.

Se não debatermos sobre isso, se os governos não olharem para essas questões em breve a Europa entrará num colapso econômico ( já está!!) e o político será talvez irreversível. Não sou europeia, mas como brasileira, colonizada por eles tenho uma ligação com esse povo que tanto contribuiu para o avanço da humanidade. Se não fossem os europeus não falaria português, não teria acesso a tantas descobertas científicas e tecnologia.
O aumento da expectativa de vida tal como vem acontecendo está gerando mais prejuízos do que um aumento no índice da qualidade de vida. Tudo tem preço, vele a pena mesmo desistir do futuro com poucas crianças e mais idosos? Pensem.

Europa, acorde e desapegue, pode ser tarde depois, senão investir nas crianças não terá futuro.

domingo, 15 de março de 2015

Manifestações contra o governo




Hoje teve manifestação contra o PT e a roubalheira que vem sendo noticiada ultimamente. O rombo na Petrobras , a crise financeira que o Brasil vem passando gera um sentimento de revolta muito grande. Até quem votou no PT está angustiado com os aumentos nas tarifas, políticas dúbias de assistencialismo com imigrantes (pagando haitianos para protestar pró governo.

Não gosto de multidão. Não gosto de comício.  Mas dessa vez fui ver de perto uma manifestação dessa. Não fui contra a Dilma, nem contra o PT propriamente, fui pelo povo engrossar o coro dos revoltados com tantas injustiças. É triste ver pessoas sem acesso a saúde, morrendo nas filas de hospitais, crianças crescendo em favelas sem o mínimo de segurança, amedrontadas correndo risco de vida ou de serem aliciadas ao crime. O que o governo faz? vista grossa. O ECA  nesses momentos se nega ao ouvir o eco do choro das crianças vítimas da violência, ou das vítimas que essas mesmas crianças podem fazer ao se tornar criminosas.  Chega!!!  O cidadão comum tem medo de andar na rua e ser roubado, a criminalidade está alarmante, celulares são roubados de forma corriqueira, é como pisar numa poça de lama ou ser batizada por um cocô de passarinho, faz parte... Não deveria ser assim. Não deve.  O Brasil está recebendo uma quantidade considerável de imigrantes sendo que não há emprego suficiente para os brasileiros, muitos estão perdendo o seu. A  crise na Petrobras demitiu muita gente. 


Mais do que caridade o povo precisa ter seus direitos respeitados. O direito de conquistar seu prato de comida sem ter que depender da bondade alheia. Lutar pelo direito das pessoas é a forma mais efetiva de proporcionar a elas dignidade. Sim, devemos ajudar quem precisa da forma que pudermos, mas não podemos ficar omissos com um governo que tira os direitos dos cidadãos, bolsa família é muito bom mas não compra o direito de roubar a dignidade das pessoas.