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sábado, 24 de setembro de 2016

Liberdade de expressão???

Fiz esse video falando um pouco sobre os rótulos que colocam na gente quando expomos nossa opinião. Tá cheio de rodeios e blablablás. Assistam e concluam o que quiserem.

Minha depressão

Se fosse falar tudo o que penso o resto das pessoas que ainda tentam me suportar iriam desistir de vez.
Sou uma doente mental, ou quase. Uma transtornada, alguém cheia de impulsos que por falta de pulso o suficiente não toma as rédeas pra própria vida e vive a sombra de uma árvore sem copa.
Não há espaço pra planos. nenhum, nem diálogo. Se conversar dá ziguezera. Não há espaço nem pra usar o computador da própria casa, pois as crianças tomaram conta. Não há espaço, não há nada. Há um grande silencio que embala um desanimo crônico, um não sei o que, uma espera da morte pra se entregar ao grande vazio. Vivemos pra comer. Comemos bem, amém.
Não estou envelehecendo bem, na verdade nem estou envelhecendo, estou amadurecendo mal, sendo levada ao apodrecendo talvez por falta de ar puro.
Peço ajuda aos seres mitológicos, astrofísicos, recursos psicologicos, neurologicos, mas tudo ou quase precisa de dinheiro.
Não sei o que fazer. Estou doida?
O que eu quero?
Não, não sou ingrata. Sei dar valor a tudo, mas o que fazer com o que sinto, minhas pulsões. Deprimir-me? Ok. Ataque de panico, ansiedade, mediunidade...  não sei, na verdade a pergunta é o que adianta?
Será que ao invés de sentirem raiva de mim alguém poderia me entender, mas e isso também iria adiantar?
Não sei  o que poderia ajudar. Alguma mágica, milagre, macumba, terapia holística.
Onde andará o tal equilíbrio? Como resgatar o fio que se soltou e desembolar esse emaranhado?? Sim, quero ter esperança, preciso. Mas não sei, não sei, não sei....
Poderia ser mais. Bem mais. Temos muito potencial. O que falta?  A culpa é minha de achar que poderia ser melhor?
Tentei reza, mantra, terço, Jung, Freud, Buda e volto pra mim mesma.
Onde foi parar a leveza? Por que o melhor que existe é dormir? Por que a realidade é assim?


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Passou mais de um ano que postei isso e continua a mesma coisa.(17/11/2017)
Esperança? Como?
É o que é, amém por não pior.
Obrigada....

domingo, 21 de agosto de 2016

Dor

O que você faz de melhor? O que te dá orgulho de ser você mesmo?  Quais sonhos você deseja realizar?
Ao me fazer essas perguntas tive a mesma resposta: nada.
Não tenho talento e meus sonhos não realizados se transformaram em fantasmas que me assombram ecoando frustração. O que mais dói é a falta de esperança. Quem leu esse blog tem uma noção de como essas tormentas se repetem. O que me impulsionava a resistir era a esperança. Hoje tenho a certeza que não gostaria de ter de que não será como quero porque o futuro é hoje e meu presente é isso (não é tão ruim) mas a perspectiva não é das melhores.
Tenho depressão. 
Não tenho uma base familiar, raízes. Queria tanto ter uma parentela unida, festa no fim de ano, comemorações, reuniões. Não há. É tudo solidão e frio na alma.
Não tenho amigos, ninguém se aproxima não porque somos melhores, mas porque somos incapazes, porque somos pobres, casa feia, sujos, roupas maltrapilhas. Somos abandonados. Esquisitos. estranhos, amarrotados, encardidos, desgrenhados, metidos, enlouquecidos, esnobes, hippies, deprimidos, sofridos, esquecidos. O pior disso tudo é a consciência exata de ser assim e não conseguir mudar.
Com o envelhecer as coisas pioram, o isolamento, a falta de interação social, a solidão, a dor no peito. O sempre estar inadequado, o não pertencer a nada, a clã nenhum, assim somos nós. Assim me dói.
Sabe, até que eu posso ser legal.   Queria voltar para o útero. Simplesmente não dei certo aqui fora.  
já ouvi tanto não que dói. 
Queria pelo menos uma válvula de escape. Algo que não seja tão ruim.
A sociedade não gosta de mim. Não tenho ninguém para conversar, sabe, coisa simples como bater papo, sair com um colega, jogar conversa fora, não dá, não rola. Festa, não nos convidam e se convidar tenho que ir sozinha com um monte de filho e ser vista como a coitada que as pessoas olham de longe com pena. 
Tenho uma casa feia e suja, típica de favela. Cansei de tentar mudar isso. Não depende de mim. Falar sobre isso parece ingratidão, afinal tenho comida em casa. 
Obrigada por ter comida, Realmente sem comida não dá pra viver.
Grata, muito grata.
Mas apesar de todo amor pelo mundo e gratidão infinita meu coração dói. Palavras não ditas transbordam num blog vazio e solitário.
Eu poderia ter dado certo. Poderia ter sido melhor. Poderia um monte de coisa. Mas só o que eu tenho é essa dor que é um pecado em si mesma. Só não adianto meu desencarne porque tenho muito medo do inferno/umbral. Essas coisas existem, melhor respeitar. Meus filhos também não merecem isso.

Espero que depois que você ler isso veja como sua vida é boa e valorize seus momentos. Eu apesar da dor ainda sou grata a tudo, porque de fato tenho sim motivos para isso, o que destoa é minha dor e a incapacidade de mudar as causas dela ou de ser feliz apesar de tudo ser como é. 

O pulso pulsa e a dor corrói. 

Mas vai passar... Que Deus ajude a todos nós.

Não somos todos olímpicos

Hoje é o encerramento das olimpíadas no Rio. Muito se fala na mídia sobre os atletas, como o brasileiro é cordial e afins.

Mas qual o real valor da olimpíada para os brasileiros? Gastou-se muito, muuuuito com todo esse circo. Os atletas vão lá e conseguem suas medalhas. Acho no máximo bonito de se ver. Um espetáculo, uma arte. Mas nada além disso. Não vejo heróis. Porque herói pra mim é aquele que faz algo importante para as pessoas, que se esforça pra ajudar, salvar ou pelo menos fazer com que a sociedade evolua. O atleta não, ele é apenas alguém que é bom num esporte e isso não adianta nada para a coletividade.

Meu conceito de esporte não é esse. Não me representa. Os brasileiros não são representados ali. primeiro porque não existe uma identidade genética no brasileiro. Somos multi, muitos, tem de tudo aqui. Não é como você ver alguém do seu sangue conseguir algo. Não me identifico como povo brasileiro.

Esporte pra mim é saúde, pessoas que se exercitam independente do seu desempenho buscando melhor qualidade de vida tanto no físico quanto no social e porque não no espiritual. Ficar torcendo pelos atletas não melhora a saúde de ninguém. É apenas entretenimento.

Não há vantagem nenhuma real com as medalhas a não ser para o atleta e para a industria do esporte. O Brasil projeta sua imagem lá fora como um país legal, só que não é assim. A maioria dos brasileiros pobres sofrem muito com a violência, falta de  acesso a saúde e educação. Milhares de pessoas morrem por descaso do governo. Muitos brasileiros desempregados, esquecidos, injustiçados e o ""Brasil"  mostrando algo que não é. Maquiando sua dura realidade as custas do esforço do povo que além de tudo é burro e compra essa de brasileiro cordial e feliz. As olimpíadas nesse momento político que vivemos é uma afronta. O Rio de Janeiro é lindo sim, mas de belezas naturais. O resto é cheio de discrepâncias que só sabe quem conhece não só a fachada mas as entranhas de uma cidade que me espantou muito ao conhecê-la pelo seu cheiro. O Rio fede. E fede muito minha gente.  

domingo, 27 de março de 2016

Sou superior, SQN

Amigos, cansei. Mesmo.
Já sei, vão dizer que leram isso aqui. Pois é, vivo cansando. Mas também tenho muito o que agradecer. Ganhei presentes maravilhosos da vida. O problema é que acreditei muito nisso e esperei que o presente fosse parte integrante da minha vida, afinal coisa boa tem que se incorporar na gente, tudo que é bom quero mais e pra sempre. Mas, mas... hahahahaha.... Mas as coisas são como são e mesmo assim vale a pena e muito, melhor um pedaço de pudim do que ficar eternamente comendo sopa insossa.
Já que tenho tanto a agradecer do que cansei dessa vez? Cansei de cansar, cansei de não aproveitar as coisas pequenas da vida. Cansei de fingir uma intelectualidade que não tenho, um ar superior que não faz a minha cabeça. Não sou como todo mundo, mas fingir que me basto é mentir pra mim mesma. Gosto de coisas simples desde que bem vividas. Já cheguei a um ponto a espalhar que não gosto de praia porque não podia ir. Mentira! Eu gosto de mar sim. Gosto de musica, de conversa fiada, falar coisas profundas e triviais, de jogar conversa fora, fazer planos, dar risada, ouvir e ser ouvida. Mas tudo que tenho são aparelhos eletrônicos, muita vergonha, muita auto enganação e culpa de querer algo que não sou capaz de ter, de não ser auto suficiente de no fundo ter esperança de que essas coisas aconteçam e a cada dia saber que talvez isso seja apenas mais um motivo de uma lágrima silenciosa. Por que as coisas são assim? Porque sou uma merda de ser humano, sou desorganizada, não sei manter nada arrumado e não tenho nenhum resquício de mania de limpeza. Talvez porque seja boba demais, medrosa, feia, inculta, não pertença a classe social certa, tenho problemas psicológicos. Não sei. Tudo poderia ser resolvido com cachaça, seria muito melhor do que com rivotril. Solidão se alivia com tarja preta. Se me perguntarem que está tudo bem vou dizer que sim, tem que ser dessa forma, por que não seria?
Vão me acusar de ingrata de reclamar de solidão com 4 filhos. Mas o que eu falo aqui por exemplo não posso falar com eles, pelo visto não posso falar com ninguém, pois tenho que escrever aqui para desabafar.

Um barraco pra chamar de meu

Somos pessoas de um estilo de vida bem reservado. No geral não recebemos muitas visitas. Meus filhos até que gostariam de ter colegas frequentando aqui em casa, mas morrem de vergonha. Assim como eu quando criança sofria desse mal. Lembro que quando tive que fazer um trabalho escolar e chegou minha vez de levar o grupo na minha casa, foi difícil. O pior foi ouvir as pessoas caçoando no final, fingir que era superior aquilo e engolir seco, mas na esperança de que um dia as coisas não fossem desse jeito. Pois é, muita coisa evoluiu, sonhos se concretizaram mas não consegui me livrar dessa sina: vergonha. Nem a mim nem os meus filhos, sei o que eles passam e não vou pedir que sejam superiores, pois apesar do interior valer mais que tudo nem todos conseguem ver esse valor. Nem todos são almas elevadas, a amioria é tinhosa, mesquinha e encherga um palmo a frente do nariz. Até nós os alternativos sentimos quando algo é esteticamente desagradável passando uma impressão caótica.
Reconheço que dos males da vida  esse é o menor. O pior disso tudo é que não sou mais uma criança cheia de esperança, justamente o contrário e isso é que é o mais dificil de administrar. Sonhos deletados, passado a borracha, colocados na geladeira, melhor, no freezer e vendo a próxima geração lidar com esse complexo de inferioridade. Mas tudo bem, temos dinheiro pra ir para Porto Seguro tirar fotos lindas, fomos a Beto Carrero. Os hotéis eram maravilhosos, daqui onde escrevo nesse momento não.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Prazer, chuchu.

Sou um chuchu, não aquele tipo de cantada tosca antiga de chamar de chuchuzinho. Sou um chuchu em relação ao sabor. Tenho muitas propriedades nutricionais, mas sozinha não acrescento muito.

Preciso estar acompanhada no prato certo, posso ser boa numa salada fria ou numa sopa escaldante.
Não me venham com papo de auto estima, de liderança e seja o que que. Sou segunda voz, não adianta mudar meu tom. Não sou líder de nada, não adianta forçar. Cansei de tentar andar num salto mais alto que possa me equilibrar e depois chorar a noite de dores nas pernas e calos nos dedos. O mundo espera de muito  nós, proatividade, criatividade, poder, força, independência, mas só que nem todo mundo é assim. Estou fora de moda, sei disso. Mas pior é fingir ser o que não sou. Ser assim não é legal. Se pudesse escolher seria outra coisa. Queria dominar minhas emoções, minhas reações. Não basta ser bom, o mundo espera de nós o sucesso e isso tem seu valor, é um estímulo. Se bem que sucesso é algo relativo, e nem sempre temos as qualidades que nos levem a ele sem uma boa dose de sorte. Aí entra as variantes: vontade do outro, acaso, oportunidade... Somos mesmos todos responsáveis pelo que somos, até que ponto?
Eu tentei, ah, eu tentei... Tentei cantar, mas que desastre, em pleno teatro minha voz desafinando publicamente. Dançar... kkkkkk Tem coisa que não adianta forçar.

Não me forcem ser beterraba, sou chuchu, chuchu é bom, é nutritivo, se faz vários pratos com ele. Não desprezem o chuchu, é bom, saudável, barato, não engorda e com o tempero certo pode ser delicioso.

Essa tal felicidade

Tem certos sentimento que só a música pode traduzir, daquela forma toda embaralhada, meio que sem nexo. Pois é assim mesmo que é. Cheio de idiossincrasias, sem respeito ao acordo ortográfico da vida, cheio de neologismo das relações. Tudo muito abstrato fundamentando o que de mais concreto há. Não é para ser compreendido, só alguns conseguirão- tipo parábola rsrs _ todos têm isso.

Não me arrependo. Se fiz o que fiz, seja lá o que tenha sido foi por bons motivos. Só eu sei a dor que senti e as vezes ainda sinto e não tenho com quem falar. Cansei de reclamar da vida, do mundo, já assumi todas minhas falhas, é genético, carma, sei lá.  Por gotas de felicidades podemos suportar as piores dores, viajamos desertos escaldantes na esperança de um oásis. Racionalmente o sofrimento não compensa os bons momentos, mas quando não há nem a esperança disso não há porque resistir a dor. Quando a esperança se esvai não tem porque continuar. Sem rumo, tendo a certeza apenas o vazio... Mas mesmo assim é preciso continuar porque tem que ser assim. Pior coisa pode acontecer seja nessa vida ou na outra. Estamos presos aqui, não que queiramos partir, queremos apenas ser felizes, não precisa ser o tempo todo ou no mínimo a esperança concreta de sermos