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sábado, 30 de março de 2019

Eu era, eu fui, eu sou

Fechando os olhos posso voltar no tempo e sentir toda liberdade de ser o que sou quando eu era apenas eu. A magia dos raios de sol tocando minha pele, a integridade do meu ser, a contemplação inocente da natureza e a imensidão do mundo cabia em mim. Pouco a pouco foi tirado, a educação me roubou a magia, o politicamente correto podou meus instintos, o pecado trouxe o medo. Hoje o que temos é isso, vazio, oco, solitário. Imagens que perderam o valor. A vida parece uma interpretação mal feita, atores capengas que somos nós, não imcorporamos nosso personagem, há pessoas mexendo no celular e repetindo frases de efeito.
Como era legal as pessoas falarem o que pensam, sem medo. Pessoas fortes, autênticas, fortes. Como invejo os animais. Viver sem questionar , sem pecar e poder satisfazer seus instintos sem julgamento. Liberdade. Queria tanto conversar... Isso me mata pouco a pouco. Minha imensidão me sufoca. Mas tenho que me calar. Não há espaço, não pra mim, não convém. Dói. Depois passa. Sera mesmo? Tomara.