Translate

sábado, 9 de junho de 2018

Poema triste

Vivo porque tenho que viver.
Que falta faz um ombro amigo.
Algum cúmplice para não morrer.
Tenho a solidão e o coração sofrido.

Engana quem pensa que nao tenha família
Graças a Deus tenho, o que falta é companhia
Um grupo no qual me encaixe
Sou uma pena voando esperando que a achem

Me falta tanto... Falta habilidades.
Falta aceitação e soma
Horas descontraidas, a tal felicidade

Não me cobrem perfeição
Sou o que sou e não sei ser melhor
Quero respeirar livre, sem dor no coração
Mas só consigo internamente chorar.

Apesar de tudo não há ingratidão
Só uma saudade do que nao se sabe
Talvez seja tudo apenas depressão
Ou a vida sem máscara, apenas a verdade.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Sujeira

Minha casa é suja. Não consigo manter as coisas limpas, arrumadas, higienizadas e pasteurizadas. 
É um grande motivo de vergonha pra mim. Luto contra isso a vida toda e é difícil. O mundo não precisa mudar pra me aceitar. Eu sei que sou errada. Sei que é feio. Vergonha me define. Minha casa também é feia. Partedes com reboco aparecendo, sujas, manchadas, tem goteira, portas problemáticas. Quem nesse planeta teria motivação pra fazer uma coisa chata que não gosta pra depois de 3 minutos está desfeito e não ter vantagem alguma com isso? É essa minha relação com a limpeza da casa. Não dura. E cansa e muito. Minhas costas doem. Mas tem que fazer, vira o caos se não fizer. Mas o pior não viver assim, é a vergonha e o isolamento que isso proporciona. O feio e sujo traz repulsa. Sei disso. Complicado.